
Após a rodada de sobrevivência, os participantes restantes no Peak Time passaram para sua próxima tarefa: a rodada dos rivais. Nela, os jurados parearam os 16 participantes, deram para cada dupla um conceito e duas opções de música. Para definir quem escolheria qual música, foram feitas diversas atividades ridículas, como cabo de guerra, queda de braço e similares. Foi ótimo, tem conteúdo saindo até hoje.
Os conceitos eram: sexy, solistas, bad boys, girl groups, sincronismo (2 duplas), frescor e emotivos. A melhor performance era escolhida pelos jurados e o vencedor recebeu o dobro de votos na eliminação que aconteceu após a terceira rodada.
Particularmente, achei essa rodada a menos memorável. Ela abria espaço pra gente conhecer melhor os participantes, mas o tempo de tela continuou sendo bem discrepante, o que meio que perde o foco do programa, né? Afinal, era para eles darem destaque para grupos com menos possibilidade de fazer isso só com o próprio esforço, mas entendo o lado de ter que escolher suas batalhas. A JTBC escolheu suas narrativas preferidas e foi com elas até não poder mais, todo reality show é assim.
Por essa não ter sido lá uma baita rodada pra mim, não tenho muitas performances preferidas, mas ainda restaram algumas. Bora?
DGNA (23:00) - Shine
Original: Pentagon
Já pensou você ter uma música considerada lendária que é tocada em tudo quanto é programa de música e mesmo assim sua empresa te mandar pra uns programas questionáveis como se você não fosse relevante? Só o Pentagon pode se relacionar.
ENFIM. Time 23:00, DGNA ou The Boss. Acho que foi aqui que selaram meu caixão e por “selaram” eu quero dizer o Karam mesmo. Revendo essas performances do início do programa pra cá, percebi que a JTBC vendeu muito o Karam como protagonista, e deve ter sido por isso que o canal fez o que fez com eles.
Mas sabe, por que que não venderiam? Mesmo que o Jay e o Injun sejam tão carismáticos quanto, o Karam é o coração do DGNA e dá pra perceber isso nas performances. Ele é um vocalista de confiança, ele é Bonito Padrão KR™ e ele tem o fator Ator de BL que atrai público pro programa.
E é extremamente carismático, tipo, chega a ser ridículo o quão atraente ele é como artista. Por isso, ele chama muito a atenção nessa performance de Shine. O conceito que eles tinham era “refrescante”, algo que costuma ser atribuído a grupos de membros mais jovens (pense, por exemplo, em Juicy do Rocket Punch ou Dreamers do ATEEZ), então a pegadinha era ver se eles, como grupo mais velho, dariam conta de algo jovial e não é que deram?
Eles ganharam de 8 x 0 do BDC, que vou comentar um pouco mais pra baixo. Foi aqui que o Kyuhyun também disse que era doido de não ter dado voto pros DGNA na primeira rodada, então os refrescos foram ótimos.
BAE173 (13:00) - La Song
Original: Rain
O mundo é do Hangyul e a gente só vive nele. É esse o tweet.
Mas Hangyul à parte, apesar dele ter tido bastante destaque como center e face do grupo foi nessa fase que o Muzin e o Junseo começaram a ganhar mais atenção pelo carisma deles, e o J-Min também por causa das tiradinhas no rap. De maneira geral, foi uma performance muito positiva para o BAE173, mesmo que tivessem sido agraciados com uma música questionável. Um jeito de tirar leite de pedra, né não?
Os rivais do BAE173 foram o GHOST9, algo que achei uma puta falta de sacanagem, mas fez sentido porque os grupos têm vibes similares. Minha maior tristeza? O DoDo ainda estava em hiatus, então a gente não teve reencontro dele com o Jinwoo, nossa maknae line do Produce X 101 😭 Os times empataram 4 x 4, mas o BAE173 acabou ganhando no critério de desempate.
VANNER (11:00) - Love Killa
Original: Monsta X
A gente ama uma consistência, né não? Foi aqui que ficou certo pro telespectador e até pros outros participantes, suponho eu, que o VANNER era número #1 absoluto do programa. Isso porque a reedição de Love Killa, do Monsta X (um grupo que eu gosto num tanto NORMAL) foi impecável especialmente em como mostrou a potência vocal do Taehwan (nada fácil quando comparado com Kihyun) e o carisma do Gon (também tarefa árdua, visto que o MX é um dos grupos mais carismáticos da MÚSICA. Eu disse o que eu disse).
Na época do episódio, lembro de não ter gostado tanto assim da performance e pode ser que tenha a ver com a edição mostrando reações dos jurados e outros competidores, mas também pode ter a ver com o fato que Love Killa é uma das músicas que moldou meu caráter como kpopeira, então eu tinha o direito de gongar. HOWEVER, vendo de novo depois de um tempo, chego à conclusão que a performance foi melhor do que eu lembrava. E é por isso que ela ganha destaque aqui.
O conceito que eles pegaram foi sexy, e eles competiram com o Time 24:00 que assim… tadinhos, né? Se esforçaram.
DKB (8:00) - Bang!
Original: After School
Permitam-me uma comparativa inusitada agora. Você acompanha esportes? Já ouviu falar de QI de jogador? Vou falar do meu local de fala que é ser torcedora de vôlei e basquete: existem jogadores com talento bruto que são apenas isso ao longo da carreira. Quer um exemplo? Russell Westbrook. O cara é atlético, já até ganhou MVP da temporada baseado puramente em números, tem coração e ele é um trator. Mas ele também tem uma inteligência de basquete risória.
Sabe quem tem inteligência de basquete impressionante? (digo assim, nessa turma que a gente acompanha atualmente) LeBron James. O cara é um touro, e ele também tem uma leitura de jogo incrível. Quer um exemplo melhor ainda? Stephen Curry. Ele não tem o apelido de brinquedo assassino à toa, porque o que ele ENTENDE de basquete, galera, é absurdo. Posso citar vários exemplos de gente que entende (QI) o JOGO e tem os meios (talento) para usar isso ao seu favor.
Nessa rodada, que teve o conceito de girl groups, tivemos um bom exemplo pros dois lados. O NTX, competidor contra o DBK, era puro coração unido ao talento dos membros. Mas eles não eram muito espertos quanto ao jogo e quanto a como usar o que eles tinham ao seu favor.
O DKB foi MVP por unanimidade (sim, tal qual Stephen Curry). Embora ambos os grupos tivessem pego suas músicas de girl group e masculinizado, foi o DKB quem fez isso de um jeito inteligente e é por isso que eles foram inesquecíveis.
Salve
BDC (18:00) - Beautiful Beautiful (original: ONF)
Antes de mais nada, é preciso entender uma coisa sobre o ONF - é muito difícil cobrir as músicas deles, porque eles são doidos. Beautiful Beautiful, além de tudo, é a música que deu a primeira vitória pra eles, ela viralizou como “música do bambambam” e ela é tão insana que beira a perfeição. Então se você me perguntar o que faltou ao BDC pra alcançar a excelência do ONF, vou te responder que faltou bolas. Faltou aquela coragem de abraçar o absurdo, o que até faz sentido se você lembrar que os meninos estão super inseguros depois de uma série de acontecimentos que assolava a BrandNew Music como um todo (olha o AB6IX, pelo amor de Deus).
A performance do BDC, novamente, foi direitinha. Levando em consideração que eles tinham acabado de sair da quarentena (Sihun e Sungjun pegaram Covid), a performance foi ótima até (lembre, por exemplo, das Brave Girls no Queendom, parecia que a condição deles estava bem melhor que a delas), mas eles não foram tão longe quanto poderiam ir na performance e não adicionar a parte à capela descontou muitos pontos. Eles foram bem, mas não passaram nem perto do original, o que é uma pena, porque os meninos são ótimos e levou muito tempo para vermos isso no programa.
Lembre-se também que eles estavam competindo com o DGNA, que adora um absurdo e abraçou Shine com toda força. Não tinha como eles ganharem mesmo.
⚠ Essa postagem estava nos rascunhos há meses. É bem provável que eu não continue postando sobre o Peak Time, mas se me der na telha talvez eu volte, afinal já tenho as capas. Veremos.