A primeira rodada do Peak Time foi a de sobrevivência. Os dois episódios saíram juntos, então foram cerca de 4 horas de puro suco de fanboyismo para o nosso mais absoluto deleite.

Nem todas as 23 performances de grupos e 8 performances individuais foram divulgadas nos episódios e algumas histórias foram priorizadas em detrimento de outras, mas todas estão disponíveis no canal do programa no Youtube. Para essa coluna, vou contar quais foram minhas performances preferidas da primeira rodada e dar um salve para algumas outras. Bora?

Acho que essa foi a performance que encerrou o primeiro episódio (se lembro direito) no mais alto estilo e foi um dos primeiros “All pick” do programa. Como ainda é a primeira parte dessas série de postagens, vou explicar: lembra quando eu falei que cada grupo teria que ter pelo menos 7 escolhas para passar direto? Esse número equivale à quantidade de jurados, que são 8. Portanto, quando os 8 jurados acendem a luz, é chamado de “All pick” - ou “escolha de todos” em tradução direta.

O DKB apareceu contando a história sobre como as seniors deles acabaram alcançando sucesso depois de muitos anos de estrada e pra quem não sabe onde mora a ironia, essas tais seniors são o Brave Girls, cujo contrato foi encerrado na semana que o primeiro episódio de Peak Time foi exibido, mais precisamente no dia anterior 🤡

Fora esse momento de palhaçada por parte da Brave Ent., o DKB é um dos grupos que eu já “conhecia” quando o programa começou - não no sentido de realmente acompanhar o trabalho deles, mas eu ouvia pelo menos as músicas título. Eles vieram pro Brasil ano passado, mas não fui ao show embora estivesse viciada em 24/7, que acho que foi a música que coloquei de sugestão na newsletter passada. Eu não sabia o nome de nenhum dos meninos e toda hora queria achar que o E-Chan era o Woobin do Cravity, mas enfim.

O que aconteceu foi: eles fizeram cover de The Real, do ATEEZ. ATEEZ, que é meu grupo de k-pop preferido. E se tem 1 (uma) unidade de grupo capaz de equiparar a energia do ATEEZ no palco ainda mais nessa música especificamente, esse grupo é o DKB, eu apenas sei. Por isso que a performance deles foi tão arrebatadora. Eles foram gigantes desse jeito e essa foi apenas a primeira de muitas vezes que isso aconteceu. Vocês vão ver o DKB muitas vezes por aqui.

Mirotic é uma música de um dos grupos mais importantes do k-pop, o TVXQ!. Ela é sensual, sexual e foi coberta dezenas, talvez centenas de vezes, inclusive pelas minhas meninas do IZ*ONE. Mas nenhuma - e quando eu digo “nenhuma” eu quero dizer NENHUMA - versão cover foi melhor, mais bem sucedida e perfeitamente executada do que essa do DGNA.

Olha, eu nem nunca soube quem diabos é DGNA pra começo de conversa, mas vou contar pra você, essa performance mudou a química do meu cérebro. A primeira coisa que me chamou a atenção foi a voz de goiano dos dois vocalistas principais, Karam (de vermelho) e Injun (de azul), característica essa que me fez pensar em meu filho Jongho, também goiano nascido e criado, então não tinha como eu não gostar deles.

A segunda coisa foi que eu AMEI o nome do Karam e fiquei extremamente triste quando descobri que esse é só um nome de palco (na verdade, ele chama Park Hyunchul, pensa numa descoberta TRISTE), e por ter gostado tanto do nome dele, rapidinho gravei quem ele era. Segura essa informação que a gente vai voltar nela daqui algumas edições.

Terceiro que ESSA performance, essa que eu tenho certeza que você deu play e viu inteira, recebeu apenas 7 picks porque DO NADA o Kyuhyun resolveu ser super criterioso. Eu tive que ver por uma semana as fãs dele dando desculpa sobre como o ChoKyu é um jurado Sério e Compromissado, por isso não deu voto no time 23:00, só pra no episódio seguinte ele mesmo dizer que devia estar maluco, mas isso é assunto pro próximo post.

ENFIM. Se você quiser saber a história resumida: time 23:00, aka DGNA ou The Boss pros menos íntimos, um grupo que deu disband ou talvez hiatus indefinido desde, sei lá, 2018 or something. Todos os membros já passaram pelo exército e o mais novo, Jay, tem 29 anos então tudo bem, tudo ÓTIMO na verdade eles cantarem uma música de sexo exalando feromônio no palco. Foi super efetivo. E sim, eu tenho uma nova paixão no k-pop e ele foi pego em festa de atriz pornô e precisou sair do programa. Não quero falar sobre isso. Eu to bem, to super bem.

😭 KARAM!!!!!!! 😭 [meme do Chankhyun bêbado em Monsta X-Ray 2]

O Vanner tem sido o primeiro colocado absoluto do Peak Time desde o início e é tudo graças à essa performance, que foi o giro de chave para a decolagem deles para a estratosfera.

De maneira objetiva, essa foi a melhor apresentação da rodada de sobrevivência: os vocais foram impecáveis, a coreografia foi impecável, o carisma no ponto, e eles têm Taehwan como vocalista principal e eu vou contar pra vocês, Taehwan é tão bonito que eu decorei o nome dele ali naqueles 15 minutos reservados pra contar a história do grupo porque eu precisava saber.

(se você tem dificuldades de visão, vou te ajudar: ele é o menino bonito que mete todas as notas altas e cantou a parte do “baby, you are my ANGEEEEEL”)

O Vanner também tem uma História Triste™. Na newsletter passada, eu deixei “Rollin” deles de sugestão, porque era a única música do grupo que eu conhecia, ela vivia aparecendo na minha playlist sugerida do Spotify e é uma delicinha de ouvir. Bom, a História Triste™ do Vanner é que a empresa deles não tem dinheiro nenhum. Todos os 5 membros são os únicos funcionários da agência, que conta também com 1 (um) CEO e é isso. Eles são seus próprios estilistas, secretários, tesoureiros, e eles trabalham meio período para sustentar o sonho de serem cantores. Até o CEO trabalha meio período. Mais que isso, o Vanner era tão desconhecido que ninguém reconhecia nenhum deles em seus trabalhos de meio período.

Enquanto promoviam Rollin, eles disseram que saíam dos programas de música e iam trabalhar e enquanto sua música tocava no rádio, os clientes não sabiam quem eles eram. Isso não parte seu coração? Partiu o meu 🤧 E dos jurados também, porque rolou choradeira e uma puxada de orelha pros outros grupos porque tipo, eles tão trabalhando em dois empregos e se apresentam assim, o que VOCÊS estão fazendo? Eu não sei nem se conseguiria me apresentar depois deles, viu?

Enfim, o melhor All Pick da noite.

Aparentemente o M.O.N.T é famoso no Brasil e já veio pra cá algumas vezes. Eu mesma não conhecia. O grupo é um trio? Mas que tem mais membros para serem adicionados? Não entendi muito bem, só sei que eles disseram que, como a empresa deles é muito pequena e o que mais dava dinheiro era show, a alternativa que tiveram durante a pandemia foi mandar os membros pro exército. Talvez eu esteja errada, mas parece que só os dois que estão participando terminaram o serviço militar e um membro novo foi pro Boys Planet ou Fantasy Boys? A página do perfil deles é uma bagunça, gente, ninguém me informa direito.

A questão é que foram dois membros pro Peak Time, o vocalista principal Bit Saeon e o rapper Roda. E eles são BONS. Tipo BONS BONS. A música que eles apresentaram é do JYP (sim, o mesmo cara da empresa JYPE), é um bop e eles fizeram a música ficar MELHOR. Eu não sei nem quantas vezes eu voltei pra reassistir porque minha vida mudou um pouco e eu fiquei muito satisfeita em ver tanto que eles pegaram All Pick com como eles estão indo longe na competição.

Enquanto boa parte dos grupos teve uma história triste ou tensa para contar nos seus 15 minutos reservados, o MASC tinha uma história engraçada: apenas 2 dos 4 membros que restaram na época do disband, Heejae e Ireah, estavam participando do programa e eles definitivamente chamaram o maknae Moonbong para participar com eles, mas esse maknae teve que dizer não porque iria redebutar. Até aí tudo bem, né? Exceto que o maknae deles estava participando do programa também como líder de um grupo pré-debut chamado Dignity (1:00) 😂 Os Heereah ficaram assim: ✋🏽 Pode isso, Arnaldo????

Dito isso, YOBOSAEYOOOOOOOO!!!! Pois é, meu povo, eles meteram uma música do NU’EST, que é o pior pesadelo de qualquer programa de sobrevivência que você trombar por aí. Isso porque o NU’EST tem um registro super alto, então é muito difícil cantar as músicas deles, mas os moços do MASC tiraram de letra. Eles são brabos, viu?

Essa é outra performance impecável que morou sem pagar aluguel na minha cabeça até hoje, e olha que foi exibido lá na primeira semana do programa! A gente já passou do episódio 10! Icônicos.

Embora sob a premissa de ser um programa igualitário, desde o início dá pra perceber alguns focos narrativos no Peak Time, e alguns grupos já definidos como queridinhos. Ao longo dos episódios, a gente vai percebendo que esse status de “queridinho” não é puramente vozes das cabeças dos produtores, mas também refletido entre os participantes e jurados.

Por exemplo, o Hangyul do BAE173 é figurinha carimbada de programas de sobrevivência e se você não sabe quem ele é, basta prestar atenção em para quem a câmera sempre volta nas performances do grupo. Outros preferidos que posso apontar só assim de cabeça são o Junhyung do GHOST9, Yunhyuk do NTX, Hyesung do Vanner, Heedo do B.I.G/24:00, Bit Saeon do MONT, Karam do DGNA, D1 do DKB e Heejae do MASC.

Esse tipo de protagonismo narrativo já era de se esperar, e alguns dos nomes que citei são um de vários do mesmo grupo que ganharam foco na temporada. Faz parte dos programas de sobrevivência dar papéis principais para alguns de seus concorrentes, mas surpreende que a JTBC não tenha posto sob ninguém o papel de vilão. A edição é completamente amigável e refrescante e mesmo que às vezes a gente quisesse ver mais sobre um participante ou grupo, não dava pra ficar de todo irritada porque pelo menos ninguém estava sendo tachado como má pessoa com base em nada. [bombastic side eye pra Mnet]

Você está assistindo o programa? Viu as performances? Tem alguma que seja sua preferida? Me conta, eu adoraria saber e to precisando ter com quem falar sobre Peak Time, porque ninguém ao meu redor tá cedendo à peer pressure de ver também 😅