Essa newsletter está saindo quando maio está quase acabando, mas por favor entenda que o tempo é uma construção social.

Eu mencionei isso na penúltima publicação, que foi sobre o Peak Time. A morte do Moon Bin me deixou amortecida por quase duas semanas. Ele nem era meu bias no ASTRO, mas era um artista que eu admirava profundamente. Eu assisti dramas questionáveis porque ele estava no elenco. Eu só prestei atenção no Billlie porque a irmã dele é líder do grupo. Eu só dei uma segunda chance para o VIVIZ (aka GFriend 3/6) porque as melhores amigas dele, Sinb e Umji, estão no grupo.

O Bin foi super influente na minha vida de kpopeira e ainda me dói saber que ele não está mais conosco. Não é tão horrível quanto aqueles primeiros três dias, mas a saudade é muita. Eu cheguei a escrever algo focado nele na edição anterior, mas não ficou tão lírico como ele merecia. Provavelmente não falarei mais sobre isso, então é o que temos.

Quanto aos meus posts sobre o Peak Time, vou fazer! Mas pode ficar sussa que não vou mandar pro e-mail. Se você quiser ler, eles vão estar na versão pra web, não quero ficar enchendo vocês de e-mails sobre tanto k-pop, sei que não o motivo da maioria estar aqui.

ENFIM. Bora pras músicas de abril?

Eu falei na edição sobre as músicas de março que estava com Kitsch no repeat desde que saiu, e para falar a verdade, eu gosto mais dela do que de I Am, title escolhida para o IVE dessa vez, mas, como sempre, entendi perfeitamente porque a title foi escolhida e vou dizer o que você provavelmente já ouviu de outros reactors: I Am é excelência pop.

Nas primeiras ouvidas, achei a vibe meio Ashley Tisdale, mas depois de ver o post do K-Pop Top (ouça esse podcast se quiser ficar sabendo sobre mais k-pop!) tenho que concordar que ela é muito Charlie XCX. Eu já gostava do que a Starship faz com a voz da Wonyoung, mas foi nessa era que eu gostei mais ainda de ouvir a voz dela. Ela está bem confortável e suas partes são ótimas.

Quem teve mais linhas do que eu achei que teria foi a Rei, que acabou perdendo todas elas no ao vivo por ter pegado licença saúde 😓 O único lado bom disso é que as linhas dela foram divididas entre a Gaeul, Liz e Leeseo, e eu gostei muito de ver a Leeseo rapeando.

Quanto ao I’ve IVE, ele é um álbum TODO EXCELENTE. T o d o. A Wonyo canetou duas faixas, a Yujin canetou uma e tanto Rei quanto Gaeul escreveram a maioria dos seus raps. Diferente do esperado, as faixas letradas pelas membros não foram solos, então a gente tem 11 faixas de grupo extremamente boas. Talvez não seja o álbum mais coeso, mas com certeza é um ótimo display de qualidade do grupo.

Eu gosto um tanto normal de quase todas as faixas, mas quero destacar Hypnosis e Heroine, que são as mais atraentes do álbum - não de um jeito sexy, mas de um jeito… como moscas são atraídas para a luz. Heroine tem tudo para ser uma faixa da Lorde se a Lorde fosse uma vadia básica em 2013, essa é a faixa escrita pela Yujin. Já Hypnosis é mais fedida e objetivamente um dos melhores lados B do ano. Os raps são muito ótimos, os vocais da Liz de a Yujin são deliciosos e a faixa é curta de mais.

A título de curiosidade, as faixas escritas pela Wonyo são Mine, outra epítome do pop, e Shine with me, que fecha o álbum de um jeito saudoso, como era de se esperar. Em resumo, se você gosta de pop no seu cerne, de tudo que faz o gênero ser o que é, com certeza vai amar o que o IVE tem pra mostrar.

O Seventeen é um de três artistas que afetaram meus sentimentos diretamente no pós-perda-do-Bin. Enquanto a primeira título, Super, é 100% e deliciosamente questionável, a faixa que abre o álbum é F*ck My Life, que tinha tudo para chutar a porta só chutou minhas emoções. Emotiva de um jeito inesperado, me encontrei no ônibus indo para a faculdade assim:

No MV, eles fizeram um trocadilho com Show de Truman como paralelo da realidade de celebridade que eles vivem e ficou bem legal e sentimental, viu? Nessa mesma linha de conforto está April Shower (meio prima de It’s Alright do Monsta X), que é a última faixa do álbum, ou seja: eles abriram e fecharam o álbum todos carinhosos, pra surra de pau nas faixas do meio. Nenhuma opção além de ser stan.

(em tempo: se você não trombou com as edits de Super forró arrasta-pé, eu sinto tanta pena sua, na moral)

Meu último salve do mini-álbum vai pra Fire, que é a faixa da unidade de hip hop dessa vez e é um FUNK!!!!!!!!!!!! Os refrescos!!!! Seventeen no Brasil amanhã, gente, é um aviso, tô falando 🗣 1000000000/10

Essa aqui foi um caso de “chorei mesmo” de verdade. Eu não sou a maior fã da title do Colorful Trauma, álbum anterior do WOODZ, e achei Abyss okay, então dei play com um pé atrás e novamente fui a pessoa sem saber porque estava chorando no clube.

Journey é bonita que DÓI. Honesta, crua e produzida à perfeição, a crescida par ao refrão é satisfatória em todas as vezes que acontece e eu mal posso esperar para ouví-la ao vivo no show (que acontece em julho, VÃO QUE VAI SER PERFEITO).

A faixa que vem logo em seguida é Drowning, que também DÓI, só que um pouco mais. Enquanto Journey é mais esperançosa, Drowning é pros cripling depressed se sentirem representados. Ela é o equivalente a Accident nesse álbum, se ninguém te obrigou a ouvir Accident, vou ser essa pessoa. Clica no link, ouve inteira. Eu espero.

Pegou a visão? Pois é. Infelizmente Accident não está na track list do show, então a gente tem que se conformar só com Drowning, mas é aquele ditado, não se tem tudo na vida.

Eu queria falar do álbum inteiro porque esse é o melhor álbum do ano, mas essa seção já está muito longa, então fique sabendo que esse é o melhor álbum do ano e você deveria ouvir cada uma das faixas de peito aberto, depois ir comprar ingresso pro show, porque os live clips que eu linkei aqui são ao vivo de verdade e ele soa assim na vida real, beijos.

Todo lançamento do Kep1er tem uma b-side superior e dessa vez foi a deliciosa LVLY - embora esse tenha sido o melhor comeback de maneira geral do grupo e o mini-álbum inteiro é bom. Tirada diretamente da discografia do KARD, não tem COMO essa música dar errado. A coreografia é ótima, Hikaru e Dahyun estão brilhando, a Hiyyih e a Yujin têm linhas, todo mundo saiu ganhando.

A title mesmo é Giddy, que é outra delícia e deixou a Yeseo e a Youngeun brilharem como as MVPs que elas são. A Xiaoting tá no pico de beleza e todo o conceito desse comeback foi maravilhoso, eu adorei simplesmente tudo. Os pontos tristes são que a Chaeyeon sofreu uma lesão e que mesmo sendo o melhor lançamento das meninas, foi o menos reconhecido.

Justiça pras Klebinhas já!!

Eu sei que eles acabaram de ter comeback, mas eu simplesmente não poderia deixar Without You pra depois. A Somin tem muitas linhas? Sim. Eles tinham 5 reais e um sonho? Também. Mas a música funciona TÃO BEM!

Essa faixa é um ótimo exemplo de KARD Calmo™ que a gente já tinha visto um pouco lá no comeback de Ring the Alarm, que é quase como um sonho em forma de música, exceto que Ring the Alarm é mais pra rebolar a raba enquanto Without You é pra dançar juntinho. Você pode sempre contar com o KARD pra lançar um mais absoluto bop como quem não quer nada, eles são nossos primos latinos que a Coreia nem sabe precisar tanto, mas se o comeback do Kai que mencionei na news de março é algum indicativo, estão começando a perceber.

Ano passado, o TEMPEST teve um dos melhores debuts de boy group do ano com Bad News, e seu primeiro comeback, Can’t stop shining, foi igualmente ótimo, mesmo com cores completamente. Mas aí veio o segundo comeback que eu não gosto de falar sobre, que foi…. uma música. Definitivamente uma música que foi lançada.

Em situações normais de temperatura e pressão, isso não significaria nada, mas acontece que essa… música rendeu a primeira vitória em programa de música dos meninos, e eu virei o próprio meme do “1 medo: TEMPEST só fazer esse tipo de som pelo resto da vida”.

Por sorte, não foi o caso! Quando eu dei play em Dangerous, eu senti um ALÍVIO, minha gente??? Talvez eu tenha até dito em voz alta “Thank God!”, porque a música é BOA D+. Junto do resto do álbum, ela simplesmente me deu um rush de felicidade genuína que vinha sendo difícil de conseguir.

A melhor b-side deles é Freak Show, que lembra o conceito fedido Block B que eles tinham no debut. Ela não é tão escrachada que nem as músicas do Block B (nem como Bad News), mas nossa, que acerto maravilhoso! Nosso TEMPEST vivíssimo e bem!!!

ADORÁVEL. Eu já estava de olho no CSR desde o debut delas e mesmo não tendo gostado muito do primeiro comeback, fiquei feliz quando elas ganharam a win. Essa música é de março, mas me pegou em abril e até hoje eu ouço uma quantidade SAUDÁVEL de vezes, viu? Elas são adoráveis e ainda estavam no mesmo episódio do Weekly Idol que o xikers, então pude conhecê-las um pouco melhor e gostar mais ainda das meninas. Anjas.

Esse 1 (um) stage no Music Bank aparece TANTO pra mim e eu continuo assistindo sempre, porque essa é a faixa superior do álbum. Eu falei brevemente do xikers na newsletter de março, eles são meus netos que debutaram no fim do mês. Na news passada, eu não sabia muito sobre eles além de serem filhos dos meus filhos, mas em 30 dias muito pode acontecer. Agora eu tenho até bias! (Minjae, da thumb, e Junghoon, caso esteja curiose) Se você ainda não conferiu o debut das crianças, confira, viu? Foi um dos melhores debuts de boy group em muito tempo.

Música de gente gostosa pra gente gostosa (e com um pouco de fetiche). Gikwang é membro do HIGHLIGHT e o segundo a arrancar minha peruca com sua música (o primeiro foi o Yoseop). Predator é um synth pop delicinha pra você fazer body wave enquanto limpa a casa. Ele não tenta fingir que é vocalista principal e entrega algo confortável e no alvo - meio como fazem o Kang Daniel e o Hoshi. Icônico.

Na primeira ouvida, não gostei muito do hook dela e acho que ainda não gosto, mas KNOCK é tão EFICIENTE que só posso dizer que a Chaeyeon finalmente acertou em cheio. O pós-refrão me lembra Time After Time, algo que sempre me arranca uma esboçada, a coreografia é digna de Lee Chaeyeon e no fim das contas é tudo um grande acerto. Eu já tinha gostado de Hush Rush, mas agora o mundo está gostando da minha filha também e é isso que importa!!!!

Eu não sei dizer objetivamente se Tantara é uma boa música. Por um lado, o iKON despretensioso é o melhor tipo de iKON que se pode encontrar, mas por outro, o vídeo saiu dia 25 de abril, quando eu ainda estava muito sensível, e me deu o maior rush de felicidade que alguém poderia pedir, então eu tenho bem próximo do meu coração. O álbum completo saiu agora em maio, então acho que vou falar melhor dele na próxima newsletter, mas já adianto que gostei bastante na primeira ouvida.

Na verdade, a música do Xdinary Heroes que virou minha personalidade não foi a title, mas vou falar dela na edição de maio, porque eu tenho ouvido ela uma quantidade saudável de vezes também, viu? ANYWAY. Eu não gostei do último comeback do XH, tanto que nem LEMBRO dele. Por isso eu tava meio meh com eles, mas graças a Deus eles mandaram um pop rock fedido meio era jovem do Muse encontra Fall Out Boy tanto em Freakin’ Bad quanto na maioria do álbum, então 10/10 recomendo!